A cólica do bebê está entre as mais prevalentes queixas dos pais no consultório Pediátrico.
A principal manifestação é o choro inconsolável, que preocupa e pode até mesmo assustar os pais.
Porém é importante destacar que o choro faz parte do desenvolvimento neurológico do lactente, é sua forma de se comunicar e pode estar relacionada a vários outros fatores normais do cotidiano.
O choro relacionado à cólica costuma ser mais agudo e sofrido e não desaparece após outras causas serem descartadas.
Junto com a irritabilidade, o bebê se contorce e flexiona as pernas em direção ao abdômen, assim como a barriga fica endurecida e ele solta gases.
As cólicas costumam acontecer nos primeiros três meses, pois nesta idade o bebê ainda está se acostumando a digerir o leite e a flora intestinal dele não está formada, provocando contrações da musculatura abdominal.
Caso a cólica persista por mais tempo, é importante informar o Pediatra para avaliação e investigação do quadro.
Quais são as causas da cólica?
Não se conhece com exatidão as causas das cólicas, mas acredita-se que estejam relacionados a fatores ambientais, imaturidade do sistema nervoso central, anormalidades em hormônios gastrointestinais e alteração da motilidade e colonização do intestino.
Não há comprovação científica na associação das cólicas com a alimentação materna.
Isso ocorre apenas em casos especiais, como quando o bebê possui alergia à proteína do leite de vaca.
O que se sabe é que o uso de fórmulas infantis está associado ao aumento do risco do bebê apresentar cólicas, quando comparados a bebês com uso de leite materno exclusivo.
Como aliviar as cólicas?
Para alívio dos sintomas, a Sociedade Brasileira de Pediatria, faz as seguintes recomendações:
- 1) Pegar o bebê no colo (pode ser tentado o contato direto da barriga do bebê com a barriga da mãe)
- 2) Enrolar o bebê em uma manta ou cobertor
- 3) Flexionar as coxas do bebê sobre a barriga
- 4) Dar um banho morno ou aplicar compressas mornas em sua barriga
- 5) Reduzir estímulos para o bebê (evitar locais com muito barulho ou excesso de pessoas e visitas)
- 6) Procurar um ambiente tranquilo, podendo ser usada música ambiente suave
- 7) Tentar estabelecer uma rotina para banho, sono, passeio e outras atividades
- 8) Não utilizar chás, trocar marcas de leite ou usar medicamentos sem a orientação o Pediatra
É importante a família se manter tranquila no momento da dor, para poder acalmar a criança.
É recomendado também massagens circulares em sentido horário no abdômen do bebê e ao redor do umbigo, o que o ajudará a soltar os gases.
Quanto ao uso de medicamentos, eles sempre devem ser usados após orientação do Pediatra.
Existe no mercado opções de probióticos que contribuem para a flora intestinal do bebê e medicamentos específicos para a dor que podem ajudar.
Mas lembre-se que é o Pediatra quem deve receitá-los e orientar como usar.