Pé chato é um termo utilizado para descrever um formato de pé em que o calcanhar encontra-se desviado para lateral e o arco que se forma em sua planta está diminuído ou invertido.
Entenda melhor este problema:
Existem basicamente dois tipos de pés chatos: os flexíveis e os rígidos.
O pé chato flexível está presente na maioria das crianças e em pelo menos 20% dos adultos. Ele faz parte do desenvolvimento natural da criança.
O pé chato rígido é muito menos frequente e está associado, principalmente, a alterações ósseas ou síndromes neurológicas.
Várias são as teorias que justificam o aparecimento dos pés chatos flexíveis. As mais aceitas estão associadas à conformação dos ossos do pé e à frouxidão ligamentar, inerentes de cada indivíduo e influenciados por características genéticas e raciais.
Para diferenciar os pés chatos flexíveis dos rígidos, é necessário fazer uma avaliação completa da criança, buscando sinais de frouxidão ligamentar, alterações nos eixos dos membros inferiores e do padrão de marcha.
Radiografias ou outros métodos de imagem são desnecessários para confirmar o diagnóstico do pé chato flexível.
Na maioria das crianças a altura do arco plantar aumenta espontaneamente durante a primeira década de vida. O pé chato flexível não aumenta os índices de dor em outros segmentos.
Sendo apenas uma variante anatômica e de natureza benigna, o pé chato flexível não demanda tratamento específico. Por anos foi manejado com órteses, calçados ortopédicos e palmilhas, mas estudos sérios demonstram que estas medidas são ineficazes.
Pelo contrário, outros estudos relatam efeitos psicológicos negativos, no longo prazo, em adultos que fizeram uso de dispositivos como esses.
Conclui-se que o bom diagnóstico e a orientação da criança e da família são os métodos mais eficazes no tratamento do pé chato flexível.