Nunca se observou tantos pais cansados e frustrados na educação infantil, seja pela falta de limites ou pela busca incansável de entender o comportamento de crianças e adolescentes.
Por meio de estudos da neurociência, é possível enxergar padrões disfuncionais do “mau comportamento” e utilizar formas corretas e assertivas de lidar com os problemas.
Nesse sentido, a rede de apoio educacional (pais, cuidadores, professores e demais profissionais) é essencial para a formação de cidadãos fortes, com princípios e valores que o ajudarão a construir um mundo melhor.
Afinal, é na infância que construímos os capítulos mais importantes das nossas vidas.
Mas como “potencializar a criança, o adolescente e torná-los um adulto próspero”? É isso que vamos descobrir juntos no conteúdo de hoje!
Orientação parental
Passos primordiais para o sucesso da mudança comportamental
Orientação parental
Tudo o que você ainda não conquistou, ou seja, se você ainda não consegue melhorar o comportamento de crianças e adolescentes, é por você não ter tido “conhecimento” durante o seu desenvolvimento familiar e escolar.
E eu afirmo que é preciso adquirir informações sobre os assuntos que trazem incômodo para você.
Entenda: se a criança fizer birra e você não souber lidar com essa comunicação, tudo que você fizer ficará armazenado.
Se o seu aprendiz te provoca e você não souber lidar com essa comunicação, ou se ele não te obedece, não te ouve, uma omissão, uma mentira… Tudo será aprendido com você!
Pais, parentes, amigos, profissionais… Enfim, ele aprenderá com toda a rede que influencia seu desenvolvimento.
Normalmente uma criança aprende a mentir por medo de uma consequência severa ou simplesmente por você ter deixado de cumprir um acordo, por exemplo.
🔔 Sugestão de leitura: Dificuldades psicológicas na infância
Passos primordiais para o sucesso da mudança comportamental
1º passo
Você precisa implantar a ferramenta de antecipação regressiva para você viver com leveza.
Uma rotina organizada facilita qualquer relacionamento, é a verdade ao seu favor (ex. rotina, avisar quanto tempo ainda pode brincar antes de ir para casa, etc).
2º passo
A criança precisa estar participativa na rotina da casa “para ela adquirir o conhecimento certo”.
Então interaja, converse, defina rotinas inclusive as suas com as crianças, seja paciente e tolerante.
Elas não precisam fazer isso agora, mas precisam aprender para executar e só aprendem com repetidas vezes e a partir de um exemplo.
3º passo
Pare, observe o que você está fazendo, ouça a sua voz e lembre-se: Você está ensinando a todo momento, a escolha sempre será do adulto, até nos momentos de colocar limites, coloque com gentileza, respeito e flexibilize.
4º passo
Se o argumento da criança for melhor do que o seu não precisa impor a sua vontade.
Seja vulnerável, pare alguns minutos e reflita, pois até neste momento de reflexão você está ensinando a criança. É preciso coragem para chegar até aqui!
Sendo assim, troque “eu mando” por “eu ensino”. E desde cedo, incentive as crianças com:
- Ensinamentos, aceitando sua participação, até mesmo em decisões simples, como o que vocês irão tomar no café da manhã.
- Ser colaborativa mostra que é importante ajudar, e para isso você precisa ser vulnerável e pedir ajuda à criança, e continue sendo “mestre” com gentileza e limites.
Toda criança nasce com o instinto primitivo “emocional” de “dor, medo, alegria e amor” desenvolvidos.
Mas se você estimula a criança ao afeto, e demonstrando emoções afetivas, ela tende a aprender com mais facilidade.
Imagine que seu filho esteja dando birra, chilique ou pití no meio da rua, ou até mesmo em casa. O sangue sobe pela cabeça seja de vergonha ou de irritação. A maioria dos adultos tendem a:
- Largar os filhos dando o show.
- Dar broncas, ameaças e castigos.
- Violência com “tapas, beliscões, apertões e sacudidas”.
Porém, nesse momento você precisa olhar para a necessidade da sua criança. Pergunte o que ela tem, tenha paciência para compreender o que ela está tentando te dizer e não consegue se expressar de uma forma que você entenda.
Se as emoções estiverem muito intensas, pergunte se ela quer um abraço para acalmá-la. E se não quiser, respeite e fique próximo, não a deixe sozinha.
O pequeno que é ensinado (o que é, o que não é, como é, porque é, porque não é etc.) irá adquirir uma compreensão melhor do mundo socioeducativo e socioemocional.
Quando começa a identificar as emoções e os sentimentos é uma grande descoberta para uma comunicação mais assertiva com os seus pares.
Já imaginou uma criança quando decepcionada, saber explicar para você o porquê e falar o que precisa? “Conhecer a si mesmo, é saber o primeiro passo da comunicação positiva.”
Você já parou para pensar na quantidade de informações contraditórias que o pequeno capta?
Aprenda a observar as suas habilidades e características do seu comportamento são as primeiras tarefas para auxiliar no desenvolvimento infantil:
- Dê oportunidade para a criança falar a opinião dela.
- Dê oportunidade para a criança vivenciar a experiência dela.
- Encoraje a criança e esteja ao seu lado, se você não quer “se arriscar” fale o motivo real que você não quer.
🔔 Sugestão de leitura: Psicólogo Infantil: Fonte de apoio emocional para seu filho e sua família
É muito comum vermos pais gritando com seus filhos na tentativa de educá-los positivamente, e o pior, a sociedade tem atuado desta forma.
Como especialista infantil, eu posso garantir por “N” motivos que o grito é um dos maiores ERROS (se não for o maior) quando falamos sobre educar.
No momento da “correção” que deveria ser o momento do “ensinamento” os adultos podem gritar, esbravejar, horas e horas de “lição de moral”, impor castigos punitivos.
Porém, o que muitos adultos em geral não sabem é que esta forma de “educar” traz consequências avassaladoras, podendo ser irreversíveis na fase adulta.
As correções, ao invés de ajudar a conscientizar sobre os comportamentos inadequados, podem causar:
- Efeitos negativos no desenvolvimento social.
- Prejuízo no resultado escolar.
- Isolamento social.
- Bullying ativo ou passivo.
- Filhos chiliquentos e reclamões.
- Bloqueios psicológicos das crianças e adolescente
Por fim, espero que essas dicas sobre orientação parental sejam de grande ajuda para a sua família.
Lembre-se que você está fazendo o seu melhor! Mas caso você precise de auxílio profissional, estaremos sempre aqui na Amare Pediatria para cuidar do seu bem mais precioso.
Referência
REZENDE, Lana. Comportamento Positivo Como ATIVAR o Hábito do Comportamento positivo em crianças e adolescentes.